Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

PUBLICIDADE

Magoado com Bocalom e desacreditado de Alysson, ex-líder do PP quebra o silêncio

Quem frequenta os corredores dos bastidores da política, sabe de muita coisa. A questão envolvendo a insatisfação de Fernando Guedes, ex-diretor da prefeitura e ex-presidente da ala jovem do partido, com os rumos tomados pelo PP já era sabido por esta santa coluna, com conversas nos bastidores de um tempo. Mas a notícia de que Fernando saiu do partido e filiou-se ao MDB para apoiar a candidatura de Marcus Alexandre pegou muita gente de surpresa.

 

Guedes conversou com o Blog do Ton e não poupou palavras sobre o que aconteceu nos bastidores. Ele, que está de casa nova, não cospe no prato que já comeu; do contrário, afirma que saiu com todas as boas relações mantidas. Exceto uma. Ao Blog, ele fala sobre esse assunto, sobre sua leitura para as eleições que se avizinham e mais.

 

Acompanhe:

 

Blog do Ton: Como começou essa história de MDB?

 

Fernando Guedes: Recebi um convite do meu amigo Nenê Junqueira, conversamos bastante e entendi que o melhor era estar no MDB. Mas continuo com respeito e admiração, pelo governador e pelo Progressistas, que me acolheu por muito tempo. Agora é hora de uma nova jornada, acredito que posso contribuir muito [lá no MDB].

 

Com relação a direção do PP, como um todo, admiro o trabalho que o PP vem desempenhando. Meu único entrave é com o Bocalom, pela forma como fui demitido. Então qual o meu objetivo hoje: apoiar um candidato que realmente tenha chances de derrotar o Bocalom. Essa será a minha maior alegria!

 

Nesse ponto, a minha saída do Progressistas foi por acreditar que o Alysson não é candidato. A forma como esse processo vem sendo conduzido me faz acreditar nisso. Como pode um candidato a prefeito não visitar os bairros? Não visitar as comunidades? Não ouvir a população? Então eu não acredito que ele [o secretário Alysson] seja um candidato. Possa ser que ele seja um candidato a vice! É um bom nome […] mas, nesse momento, eu preciso apoiar um candidato que realmente tenha chances de ganhar. E que a gente possa pensar em parcerias lá na frente.

 

Já estou recebendo várias mensagens de amigos e tenho certeza que vamos sair vitoriosos no MDB.

 

 

Você disse, pelo menos, duas coisas que precisamos entender melhor. Primeiro: que sua ida para o MDB vem do desejo de apoiar uma candidatura que derrote o atual prefeito. Quer dizer, você acredita, desde já, numa polarização entre Bocalom e Marcus? Qual a sua leitura sobre esse cenário? Segundo: você disse que não vê uma intenção do núcleo do PP em tornar Alysson, de fato, candidato a prefeito. Então qual a razão, no seu ponto de vista, de essa candidatura existir?

 

No meu ponto de vista, a candidatura do Alysson nasceu apenas para convidar o Bocalom a se retirar do partido. O meu ponto de vista é esse. Sem nenhuma intensidade [intenção] de renascimento para que ele seja, de fato, um candidato pelo partido. Acredito que, mais na frente, isso seja comprovado. E minha ida ao MDB parte disso, de acreditar que o Marcus Alexandre é competitivo, que pode sim derrotar o Bocalom. E tenho certeza que essa polarização já está, sim, definida! A decisão será entre Bocalom e Marcus Alexandre, e tenho certeza que se Marcus continuar fazendo esse trabalho de visitar, de ouvir as pessoas (ele que já entende de gestão), tenho certeza que podemos, sim, sair vitoriosos.

 

Mais uma vez: não acredito mesmo que o Alysson seja candidato a prefeito de Rio Branco. Ali, o que eu vejo é uma disputa interna partidária para que o Bocalom seja convidado a se retirar.

 

Você saiu do PP para apoiar a candidatura de Marcus Alexandre. Acha que mais pessoas filiadas ao partido podem fazer o mesmo?

 

Acredito que mais pessoas possam fazer esse caminho; até o começo do ano, muita coisa deve acontecer. Mas acredito, também, que não há necessidade de deixar o Progressistas! É um partido bom, mas acredito que muitas pessoas venham a caminhar com o Marcus, sim. Quem sabe o Alysson não se torne até mesmo um vice do Marcus, ou o PP indicando um vice […] aí acredito que a gente ganharia essa eleição no primeiro turno!

 

Mas acredito no contrário também! Se minha tese se confirmar, a de que o Alysson não é um candidato, o Progressistas tem muita gente, internamente, que apoia a gestão do Bocalom. Acredito que o Progressistas fica dividido nessa. Muitos filiados gostam e apoiam o Bocalom. E da mesma forma, vejo que muita gente pode caminhar com o Marcus Alexandre, com o PP não tendo uma candidatura majoritária. Vejo essas eleições como aquelas eleições onde o Gladson foi candidato a deputado federal e o PP se dividiu para o Senado, entre Edvaldo Magalhães e Sérgio Petecão.

 

Bem, você disse que as pessoas não precisam necessariamente sair do partido para apoiar o Marcus. Então qual o motivo de você sair? Você cita uma questão pontual envolvendo o prefeito Bocalom, mas teoricamente acredita em uma teoria que o beneficiaria, a de que ele é vítima de perseguição interna. Isso faz sentido?

 

A minha insatisfação, minha indignação, é uma questão pessoal e relacionada ao Bocalom! À gestão dele, porque eu tenho certeza que eu vinha desenvolvendo um bom trabalho. Tanto na produção, quanto no Desenvolvimento Econômico, a então economia solidária. Ele me convidou pessoalmente para fazer parte dessa gestão, e eu aceitei com muito carinho, porque acreditei no projeto Produzir para Empregar.

 

Quando ele me convidou, ele disse assim: “Filho, se você não roubar, se você não desviar, quatro anos você passará comigo sem dúvidas”. E eu não roubei, não desviei recurso. Nem pensei nisso, e tenho como provar! Fiz um bom trabalho. Infelizmente, sofri fogo amigo porque meu trabalho começou a se destacar. Pediram minha exoneração e o Bocalom acatou. Liguei diversas vezes, e só queria que ele chegasse e falasse: “Fernando, seu trabalho não está mais agradando”. Eu entenderia! Acho que, se ele tivesse consideração, falaria comigo. Essa é a única mágoa que eu carrego do prefeito Bocalom. Ele nunca falou comigo!

 

Hoje, graças a Deus, tenho portas abertas em todos os lugares onde trabalhei. Me tornei empreendedor, eu acredito que o caminho para o desenvolvimento econômico está aqui, no empreendedorismo, e a única mágoa que eu carrego do Bocalom é essa, de ele nunca ter conversado comigo. Até esse exato momento, nunca fui procurado. Apenas fui exonerado.

 

Qual a sua expectativa com relação a esse novo momento no MDB? Aliás, qual será sua função dentro desse grupo? Se, por algum acaso, o núcleo de Marcus entender que você deve ser um candidato a vereador, você aceitaria?

 

Sobre essa questão de vereador, não conversamos a respeito. Mas posso, sim, colocar o meu nome à disposição do partido, se assim acharem necessário. O MDB sempre foi um partido que eu estive próximo; e tenho vários amigos, que são filiados, dirigentes nos municípios. Vejo no MDB um partido que pode voltar ao governo futuramente, e que tem se organizado em todo o Estado. Quero estar no MDB para fazer política séria, pensando sempre no bem-estar da nossa população.

 

 

QUE SIRVA

 

Até onde esta santa coluna tem alcance e conhecimento, não se viu ou ouviu, por parte da Igreja Católica, nenhuma ação negativa com relação ao fato de que, no mesmo dia e local parecido, estava marcado um outro evento, a Parada LGBQIAPN+. Que sirva de lição para outros movimentos religiosos. Esse tipo de coisa faz com que a religião ganhe mais admiradores do que ações repressivas e até ditadoras.

 

MAIS ALIADOS

 

Do mesmo modo, não se viu ou ouviu – repito: até onde esta santa coluna tem alcance e conhecimento – nenhuma ação negativa por parte da comunidade LGBQIAPN+. Também acho que, de igual forma, assim o movimento ganha mais aliados. Nesse caso, não cometendo o erro de desmerecer quem luta por direitos; pois, aqui, estamos falando de minorias.

 

ALYSSON E BOCA

 

Alysson Bestene e Bocalom se abraçam e se beijam em qualquer tipo de encontro. Mesmo assim, é impressionante que os afagos ganham destaque na mídia. O Leitãozinho de Gladson e o Velho Boca são amigos. Besta é quem leva para o coração disputas que deveriam ficar apenas no campo político.

 

INTERESSANTE

 

Algo, no mínimo interessante, acontece na região cortada pela BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO). A ministra Marina Silva (Meio Ambiente) é duramente criticada pelas condições da estrada, e ganhou até moção de repúdio na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) no último dia 5. Outros ministros – todos homens – foram citados, mas nenhum ganhou moção.

 

COMERIA A SUA BOINA

 

“Mourão [ex-vice-presidente e atual Senador da República] chegou a dizer que comeria a sua boina se não asfaltasse a BR-319. Não vimos os senadores Omar, Braga, muito menos Plínio Valério cobrarem o seu colega de Senado para efetuar a promessa”. Trecho de nota da Rede Sustentabilidade em defesa de Marina.

 

TEM NECESSIDADE?

 

“Só por sua ida para o MDB, vou sair do MDB”. Comentário do secretário Eracides Caetano, da pasta de Agricultura da Prefeitura de Rio Branco. É claro que o comentário trouxe uma enxurrada de comentários e opiniões divididas, o que me faz questionar sua necessidade.

 

ÚNICO PONTO POSITIVO

 

Petecão agrega no MDB? Sim, pode-se dizer que sim. Com um vice que dê ares de centro, a chapa de Marcus Alexandre ficaria com um caimento mais ‘plural’. Petecão agrega no PP? Não! E todo mundo sabe disso. Uma coisa interessante que Petecão tem é seu mandato de senador; que, aliás, é independente, algo que não se pode contar. Portanto, o único ponto positivo de o PP ter uma aliança com Petecão seria enfraquecer a candidatura de Marcus Alexandre.

 

OUTROS QUINHENTOS

 

Petecão tem dito nos corredores por onde passa que quer o governador, pessoalmente, em sua frente, entregando a ele o seu coração, tal qual fez em um evento e virou destaque na imprensa. Se vale o esforço, são outros quinhentos.

 

MODA

 

Sem entrar no mérito sério da coisa – afinal, muitas mulheres sofrem violência política de gênero – mas virou moda afirmar sofrer perseguição política por ser alvo do MP. São coisas diferentes! O alerta vale para duas prefeitas acreanas: Rosana Gomes, de Senador Guiomard; e Néia Sérgio, de Tarauacá.

 

PONTO!

 

Se são alvos do MP, é porque algo possuem a explicar. Ponto!

 

BATE-REBATE

 

– Bocalom de DJ pra um lado, Marfisa dançando pro outro (…)

 

– (…) Rio Branco mais movimentada que o Festival do Abacaxi!

 

– “Não brigo com números” (…)

 

– (…) De quem é a frase? Gladson Cameli? Ou Marcus Alexandre? (…)

 

– (…) Resposta certa: dos dois! “Eu sempre digo que não brigo com números […] A grande pesquisa é aquela que eu vejo nas ruas, como o povo nos recebe com esperança de um Acre melhor”, disse Gladson ao jornalista Luciano Tavares, no ac24horas, em setembro de 2018 (…)

 

– (…) Ao mesmo Luciano, agora no Notícias da Hora em 7 de outubro de 2023, Marcus cravou: “Eu não brigo com números, é o retrato do momento. Eu tenho escutado muita coisa nos bairros visitando as pessoas. Essa pesquisa que eu escuto” (…)

 

– (…) Gladson fazendo escola? Qual será a próxima frase? (…)

 

– (…) Meu chute: “Não vou subestimar o povo”.

 

– Esse Gladson é um case de marketing (…)

 

– (…) Quem será o primeiro a estudá-lo de fato?

 

Boa semana!

COMENTE ABAIXO:

You must be logged in to post a comment Login

PUBLICIDADE