Ao contrário do que se viu na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os trabalhos na Câmara começaram tumultuados. Esta santa coluna ainda advertiu: as comparações seriam inevitáveis, dado todo o esforço empenhado para catapultar o vereador Joabe Lira (UNIÃO-AC) ao posto de presidente.
Mas ninguém pode dizer que essa tragédia não foi anunciada. Dias, semanas antes do início dos trabalhos, a oposição já dava o tom de seu discurso, e até parlamentares ligados ao Palácio ensaiaram a criação de uma ala independente, o bloquinho. Um nome fofo para uma manobra já conhecida: juntar suas vozes para somar forças, por interesses que só eles podem dizer.
O presidente Joabe Lira nada fez — ou pelo menos não o suficiente — e o resultado é exatamente o que está posto pela imprensa. Portanto, antes de apontar algum vereador como baderneiro — que ninguém espere outra coisa dos oposicionistas, esse é o papel deles — é preciso refletir no que está sendo — ou não — feito para conduzir os trabalhos de forma inteligente.
ERRADO — Tem dirigente de partido mandando dizer por aí, com certo tom de ameaça, que os vereadores de oposição devem ficar de fora das comissões. Errado! Todo vereador tem direito de participar das comissões. Inclusive, na Aleac, isso é conversado de forma muito mais inteligente, com tudo muito bem conduzido pelo presidente Nicolau.
TIRO NO PÉ — Deixar vereadores de oposição de fora das comissões não diminuiria em nada suas vozes; seria um tiro no pé.
IGUAL NA ALEAC — O que tem que ser feito com os vereadores de oposição é o mesmo que é feito na Aleac, e quem frequenta os corredores da Casa do Povo sabe muito bem o que diz esta santa coluna.
UMA AULA — Por falar em Aleac, um grupo de vereadores foi visto na Casa do Povo, logo após as sessões. Devem ter ido pegar uma aula.
PP E PREFEITURA — Quem lê esta santa coluna, sabe de tudo primeiro. E quem lê as entrelinhas, sabe ainda mais. As conversas da prefeitura de Rio Branco com o Progressistas não envolvem somente a Educação. Envolvem Planejamento e Articulação — com um nome que, em edições passadas, já havia deixado pistas: Márcio Pereira.
OUTRO DESAFIO — Para a pasta de Planejamento, muita gente não sabe, mas os planos do prefeito Tião Bocalom envolviam o inteligente Rennan Biths. Mas que, por conta dos ventos, assumiu outro desafio: a Saúde.
DUPLA ALINHADA — Na sessão da Aleac que marcou a leitura da mensagem governamental, não houve quem não notasse o momento que o governador citou o nome do secretário Tchê (Agricultura). Seu adjunto, Edivan Azevedo, foi quem puxou as palmas. Se o entusiasmo de Edivan é um indicativo para como tem funcionado essa parceria, a dupla está mais alinhada que nunca.
EDVALDO E GLADSON — Falando da mesma sessão, há de se aplaudir o deputado Edvaldo Magalhães. Seu discurso, com fortíssimo apelo popular, aliás, tinha tudo para ser o destaque principal da abertura dos trabalhos. Não se contava apenas com uma coisa: a calma de Gladson ao ouvir palavra por palavra.
TEM O QUE EXPLICAR — Verdades, para serem ditas, requerem muita coragem. E coragem não falta a esta santa coluna. Nessa história da prefeitura com o PP, não existe culpado e inocente. Se do mesmo jeito que da prefeitura estão sendo cobradas explicações sobre a participação do partido do governador na gestão, o PP também tem o que explicar. Com, por exemplo, porque a vereadora Elzinha Mendonça faz parte do bloco independente.
BATE-REBATE
– Quando se está numa reunião secreta, ainda assim deve-se ter muito cuidado com o que diz (…)
– (…) Os piores tiros são aqueles que saem pelas culatras.
– O senador Sérgio Petecão pode até ter mudado de tamanho político, mas ainda é senador (…)
– (…) Certamente comandará a federação entre PSDB e PSD (…)
– (…) Além de ser um senador, é um fundador do PSD, com relação muito próxima com o queimado Gilberto Kassab.
– Eduardo Velloso poderia ter dormido sem essa vergonha política (…)
– (…) Com cargo político no governo federal e votando o impeachment do presidente, dr? (…)
– (…) Um minuto de reflexão e isso não teria acontecido.
– Pontuando 15% sem ser ao menos candidato, Bocalom não tem nada com o que se preocupar quando o assunto é Governo do Acre (…)
– (…) Quem tem que se preocupar é quem precisa chegar nesse patamar!
Bom dia!
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