Engana-se quem pensa que as quase duas horas de reunião entre o governador Gladson Cameli e o prefeito da capital acreana Tião Bocalom resumiram-se à pauta institucional divulgada pela imprensa, a de que o carnaval será unificado. Paredes possuem ouvidos. E as fontes desta santa coluna estão por toda parte.
Partiu de Bocalom um assunto que foi destaque na imprensa: o papel do Progressistas no novo escalão. O prefeito da capital pegou o governador Gladson de surpresa — positivamente, há de se destacar — ao se antecipar e dizer que quer o partido de Cameli fazendo parte da gestão, em locais estratégicos e com o tamanho que merece. Gladson reagiu positivamente. Em se tratando de áreas, duas pastas foram citadas nas considerações: Educação e Articulação.
Na pasta de Educação, Gladson propôs que o assunto seja discutido no âmbito partidário; até porque, como sempre deixou claro, nunca fez questão de ter cargos na prefeitura: não foi por esse motivo que apoiou Bocalom. Quer, portanto, que os membros — vereadores e executiva orgânica — tenham vez e voz e decidam juntos. Gesto nobre, e que cai bem ao governador. Já na pasta de Articulação, um nome foi ventilado; a depender se este dito cujo aceita ou não a missão. Esta santa coluna fala do milagre sem falar do Santo, para não interferir em negociações internas.
Gladson saiu da reunião surpreso e satisfeito. E Bocalom saiu aliviado, principalmente pelo fato de ter percebido que Gladson não deu ouvidos às fofocas. Se as coisas continuarem com essa forma, a previsão do tempo indica união para a próxima eleição.
A SABER — Ainda no encontro, o governador abordou um ponto que foi tocado com todas as letras nesta santa coluna, e tão somente aqui: da mesma forma como Gladson escolheu Nicolau como seu homem de confiança na Aleac, Bocalom tinha o mesmo direito de escolher Joabe Lira. E isso não apequena e nem agiganta o PP. A saber se Gladson levou em consideração a opinião deste humilde escriba.
CUMPRINDO SEU PAPEL — Outro ponto que chamou atenção de quem estava no encontro atende pelo nome de Alysson Bestene. Foram elogios de todos os lados, tanto de Bocalom quanto de Gladson. É um consenso: Alysson está cumprindo seu papel.
PARTICIPAÇÃO DO PP — Não se trata de martelo batido, mas outras pastas que ainda não tiveram seus nomes definidos, como a de Planejamento, podem também contar com a participação do PP.
MAILZA AO GOVERNO — “Não vá se admirar, se ela passar a frequentar até torneio de dominó, briga de galos ou terreiro de candomblé. Não seria surpresa”. Do mestre Crica sobre a empreitada de Mailza ao governo, dentro do próprio governo. Boa volta, grande Crica! Estávamos com saudades.
VAI PARAR NO CREF — Sobre o caso do nutricionista que apareceu treinando um político nas redes sociais — e que gerou grande comoção, revolta, nos profissionais de educação física — há de se ressaltar que o infrator é o nutricionista. Não o político. O Conselho Regional de Educação Física pode ser acionado.
NADA CONTRA — Uma candidatura como a de Mara Rocha não é de ser subestimada, mas verdade seja dita: ela nada contra a maré do poder. E em casos assim, só uma comoção popular muito grande para mudar radicalmente um quadro, principalmente em se tratando de cargo majoritário.
MEIO CAMINHO ANDADO — O senador Alan Rick não pode ser exatamente considerado — pelo menos não nessas proporções — um desses que nadou contra maré. Tinha estrutura de deputado federal para se ancorar, não perdeu seus cargos no governo e contou com apoio total da executiva nacional do União. Em 2026, para uma empreitada com destino ao Palácio, sabe que o apoio de Gladson é muito mais do que meio caminho andado.
GRANDE IMPORTÂNCIA — Gladson, Mailza, Bocalom e Bittar são figuras importantes nesse processo, e que certamente terão peso maior nesse jogo. Mas existe uma figura até então silenciosa que também terá uma grande importância: o deputado estadual Nicolau Júnior.
PODER GIGANTE — Prestes a ser reconduzido à presidência da Aleac, Nicolau vai ter um poder gigante em mãos. A saber como irá usar.
RECALCULAR A ROTA — Quando um político de grande quilate perde uma eleição, ele deve recalcular a rota. O problema é que eles nunca — ou quase nunca — querem começar do zero, como Eber Machado que aceitou ser vereador para voltar à cadeira de deputado estadual. E, ao tentar voltar exatamente ao posto que deixaram, sem o poder que tinham, podem dar um passo maior que a perna.
MUITO A APRENDER — Mara Rocha certamente poderia ser uma deputada estadual, mas quis ser governadora e agora quer ser senadora. Marcus Alexandre deixou uma cadeira dada como certa à Aleac para embarcar numa aventura ao governo com Jorge Viana, tentou ser prefeito e agora coloca o nome à disposição do seu partido para a possibilidade de composições majoritárias. E por falar no Jorge, se tivesse ido à disputa de federal em 2022, por certo teria grandes chances de estar na Câmara, ou usado seu mandato e influência para ser o ministro que tanto quis ser. Nesse ponto, políticos têm muito a aprender com figuras como o saudoso Flaviano Melo.
JAIRO CASSIANO — Pessoas mais atentas em redes sociais já começaram a observar coisas que podem ser prenúncios para as próximas eleições. O articulador Jairo Cassiano, por exemplo, começou a investir em impulsionamento no seu perfil do Instagram. Com identidade visual e tudo. O que será que vem aí?
QUAL O ENTENDIMENTO? — Longe desta santa coluna criticar o trabalho de qualquer poder. Mas esse espaço serve para levantar reflexões. Qual seria o entendimento da justiça, por exemplo, para justificar que o salário de prefeito e secretários do município de Cruzeiro do Sul seja maior que os da capital acreana?
BATE-REBATE
– Ao mesmo tempo que a prefeitura tapa buracos, pode investir em iluminação natalina para alegrar as pessoas e aquecer a economia (…)
– (…) Uma coisa não anula a outra.
– Muitos relatos de bençãos vindos da procissão em Xapuri (…)
– (…) Dentre eles, convites para grandes cargos e transações milionárias (…)
– (…) Amém! Glórias a Deus!
– Quem também aproveitou e muito a festa foi a evangélica Mailza (…)
– (…) Postou nas redes sociais e tudo!
– O governador Gladson Cameli mandou bem ao prestigiar a formatura dos novos fazedores da imprensa (…)
– (…) A comunicação é uma categoria que precisa ser continuamente melhor valorizada (…)
– (…) Continuamente!
Bom dia!
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