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Douglas Richer brilhou o suficiente para se tornar inesquecível

Foto: Reprodução redes sociais

Acho que só vou conseguir entender que o Douglas nos deixou daqui uns sete, dez, quinze dias. Foi assim com a minha avó, o último velório que fui, há alguns anos atrás. Eu realmente acreditei que ele voltaria curado, e que ainda nos presentearia com o seu brilho em tantas outras transmissões do ContilNet, nas festas, nos karaokês e por onde mais a gente pudesse se encontrar. Na nossa última conversa, um dia antes, comemoramos a saída da UTI, falamos amenidades e a última mensagem dele: “Também te amo”.

 

O Douglas, com toda aquela garra, foi a minha primeira inspiração na vida profissional. Uma vez, lá no começo da minha carreira, eu falei pra ele o quanto eu o admirava por ter saído de Sena Madureira para tentar a vida como comunicador na capital, e a resposta dele foi o meu combustível por anos: “Se eu consegui, você também consegue”. O tempo passou, eu tive a honra de me tornar o seu editor-chefe e nos seus últimos dias de vida, ele me confessou o maior presente que eu poderia ter lhe dado: ter colocado sem se preocupar com as consequências, como destaque principal do site, uma matéria de entretenimento assinada por ele.

 

Coincidentemente ou não, num estado onde se vive política e tragédia, emergiu um site que vibra alegria, cor, celebração e vida. Com matérias que só o Douglas poderia escrever, e os detalhes dos grandes eventos que só a tela desse site, o ContilNet — puxado pelo brilho dele — seria capaz de entregar.

 

Quando me licenciei da editoria-chefe do site para trabalhar nas Eleições 2022, o Douglas foi a pessoa com quem eu mais mantive contato. E não porque eu não amasse os demais. Mas porque ele era essa pessoa, que vibrava gratidão, que traz aconchego, e sempre fazia questão de tornar à memória coisas gostosas, momentos marcantes e, com o seu jeito de ver o mundo, evocar os sorrisos mais largos.

 

Esse relato não tem a mínima pretensão de figurar entre as tantas belas e merecidas homenagens ao Douglas; mas eu precisava usar este espaço — que, por você, leitor, foi a mim confiado — para deixar registrado um pouco do que eu tenho sentido esses dias.

 

Parafraseando meu querido amigo e jornalista Everton Damasceno, o Douglas nos deixa, mas com a sensação de que é eterno. E parafraseando o pouco que consegui escrever ao receber a notícia da sua partida, eu realmente achei que Douglas ainda nos presentearia mais tempo com sua presença, mas ele já brilhou o suficiente para se tornar inesquecível.

 

Você vai fazer muita falta, príncipe!

 

MUITO BEM OBRIGADO — Parece que os coroneis do barranco leem esta santa coluna. Depois de avisarem com megafone que os vereadores baderneiros — termos usados por eles — não teriam acesso às comissões, e serem rebatidos por esta santa coluna sob argumentos de que isso não iria lhes silenciar, parece que o executado foi diferente do avisado: os vereadores de oposição estão muito bem, obrigado.

 

É ASSIM — O vereador André Kamai (PT-AC), por exemplo, está em dez comissões, figurando como titular em nove delas. É assim que tem que ser. Política não se faz com o fígado; se faz com a cabeça.

 

ESTAR BEM NAS PESQUISAS — A vice-governadora Mailza tem conseguido apoios importantes na sua empreitada ao Governo do Acre. O problema é que sua assessoria não consegue passar essa imagem ao povão. Precisam entender que qualquer pessoa sentada na cadeira de governador vai ter apoio; o que Mailza precisa (para já!) é de viabilidade provada nas pesquisas.

 

ATÉ COM CALANGO — Esse movimento — o de conversar até com calango do governo para dizer que é candidata — lembra de quando Alysson Bestene tentou ser candidato a prefeito e traçou a mesma odisseia. Não adiantou de nada, visto que os moradores dos grotões nem ouviam falar do que acontecia na bolha palaciana.

 

EM NADA REPRESENTA — Nas eleições passadas, o prefeito Tião Bocalom já tinha uma aliança encaminhada. Abriu, com o consentimento do União Brasil, para uma composição com o Progressistas. Andaram juntos do início ao fim das eleições, com promessas e juras de amor. Agora, o PP se tornou o partido mais rebelde da Câmara, com vereadores que não se entendem e não falam a mesma língua. Isso em nada representa a postura do governador Gladson, que já conversou com Bocalom e possuem um alinhamento.

 

ORDEM NA CASA — O PP possui um problema interno a resolver. Mas, na Câmara, existe um problema bem parecido, mas com maiores proporções. Alguém precisa saber quem vai colocar ordem na base do prefeito Bocalom na Câmara. E esse não é o papel do líder do prefeito; a esse cabe tecer as defesas. Colocar ordem na Casa é, ou deveria ser, papel do presidente dela.

 

NÃO QUEREM — A saída de membros do grupo de Alan Rick do governo é um recado claro. Só não vê quem não quer. E a indicação de João Paulo Bittar à Funtac, instituição que abrigava os apadrinhados de Alan, também é outro recado: cada vez mais, cresce o número de direitistas e governistas que não querem Alan candidato.

 

A SABER — Desde as últimas eleições, Alan sofreu uma crise de popularidade junto ao meio político. Crise essa anunciada por esta santa coluna, e da qual nunca conseguiu se reerguer. A saber se assim permanecerá.

 

DUAS COISAS — Tem gente já pensando em uma próxima pesquisa com os nomes postos ao Governo do Acre. Será um termômetro para, pelo menos, duas coisas: o tamanho da oposição, e o tamanho do resultado da trabalheira que Mailza está tendo em seu processo de viabilização.

 

BATE-REBATE

 

– O ministro Flávio Dino suspendeu repasse de quase R$ 7 milhões da ex-deputada Perpétua Almeida para uma ONG do Acre (…)

 

– (…) E agora? A direita odeia ou ama Dino?

 

– Depois de todo o trelelê, o deputado Eduardo Velloso confirmou a assinatura no impeachment do presidente Lula (…)

 

– (…) Então tá!

 

– Enquanto isso, o novo presidente da Câmara diz que impeachment está fora de cogitação (…)

 

– (…) Tá bom!

 

– Enquanto o presidente Donald Trump só fala em invadir territórios, como se tivesse voltado uns três séculos, a China pensa olhando para a frente, como se estivesse em 2030 (…)

 

– (…) Depois não vale reclamar, né?

 

– Dentro do PL, a pergunta que não quer calar (…)

 

– (…) Qual vereador aceita se tornar secretário para JML voltar ao parlamento?

 

Bom dia!

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