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Ibovespa opera em queda após dados dos EUA e falas de Galípolo; dólar sobe

O Ibovespa opera em leve queda nesta segunda-feira (1º) sob pressão com juros no Brasil e nos EUA, após encerrar novembro com nova máxima histórica.

 

A pesquisa Focus mostrou nova melhora nas previsões para a inflação no Brasil, mas o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ressaltou em evento em São Paulo que dados de emprego e da atividade reforçam necessidade de postura humilde e conservadora da autoridade monetária.

 

Galípolo não fez sinalizações sobre o futuro dos juros no Brasil, apenas afirmou que estão analisando os dados e que BC não tem obrigação de dar “código”.

 

Às 15h42, o Ibovespa caía 0,30% aos, 158.592 pontos.

 

O dólar sobe 0,41%, cotado a R$ 5,35, no mesmo horário.

 

No mercado de câmbio, a diferença entre os juros no Brasil e nos EUA tem sido apontada pelos agentes como um fator favorável à entrada de recursos no país, o que mantém as cotações do dólar em patamares mais baixos.

 

De olho nos EUA

 

A segunda-feira ainda reserva a participação do Federal Reserve, Jerome Powell, em evento na Universidade de Stanford, às 22h (horário de Brasília), que deve ser acompanhada por agentes financeiros a fim de definir as apostas para a última decisão de juros do BC dos Estados Unidos na próxima semana.

 

Os investidores também estão digerindo os dados econômicos divulgados nesta manhã: os índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global e do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), ambos de novembro.

 

A atividade industrial dos EUA aumentou o ritmo de contração no mês. O dado, divulgado há pouco pelo ISM, caiu de 48,7 para 48,2 pontos, números abaixo de 50 indicam que o setor está em contração. O resultado veio abaixo da previsão de analistas, que era de 48,6 pontos.

 

Um pouco antes do dado da ISM, o S&P Global também divulgou o PMI do país, que também desacelerou, mas está na área de expansão: 52,2 pontos. Acima do consenso, de 51,9, e abaixo dos 52,5 registrados mês passado.

 

Os dois indicadores servem de subsídios para as apostas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve, que na próxima semana tomará sua decisão sobre os juros. Os títulos nos EUA precificam 87,6% de probabilidade de corte de 25 pontos-base dos juros pelo Fed, contra 12,4% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

 

Galípolo: BC não tem obrigação de sinalizar próxima decisão

 

O presidente do Banco Central afirmou que, embora a autoridade monetária evite contribuir para a volatilidade dos mercados, não há obrigação de criar um “código” para telegrafar movimentos futuros da política monetária, aos ser questionado sobre as sinalizações recentes do BC para manter a taxa de juros em um nível restritivo, hoje em 15% ao ano.

 

Galípolo ressaltou que, apesar da alta na taxa básica de juros, o mercado de trabalho permanece aquecido, o que demanda uma postura “conservadora” do BC.

 

Além disso, ele também afirmou que a inflação ainda não está onde demanda o mandato do BC de busca pela meta de inflação e que expectativas e projeções “caem bem menos” do que o BC gostaria.

 

Boletim Focus

 

Mais cedo, no Brasil, o Banco Central informou no Focus que economistas do mercado reduziram a projeção de inflação em 2025 de 4,45% para 4,43% e em 2026 de 4,18% para 4,17%. Ambas as projeções estão acima do centro da meta do BC, de 3%, mas dentro do intervalo de tolerância (inflação até 4,5%).

 

Já a taxa básica Selic para o fim deste ano seguiu em 15% e no fim de 2026 em 12%. Atualmente a Selic está em 15%. O dólar projetado para o fim deste ano seguiu em R$5,40 e para o encerramento do próximo ano em R$5,50.

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