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Acre 2026: quem conquistar o eleitor do meio vai vencer

Foto: Ton Molina/Fotoarena/Agência O Globo

Na disputa pelo governo do Acre em 2026, três pré-candidatos do campo da direita dividem o mesmo eleitorado, enquanto a esquerda mantém seu nicho. O desafio será conquistar os indecisos que não se identificam com rótulos ideológicos e costumam decidir a eleição.

 

As pré-candidaturas ao governo do Acre começam a ganhar contornos mais definidos. A esquerda deve marchar com o professor Thor, apadrinhado por Jorge Viana, enquanto a direita apresenta três nomes: a vice-governadora Mailza Assis, apoiada por Gladson Cameli; o senador Alan Rick, que rompeu com o governo; e o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, cuja gestão tem como marca o programa “Produzir para Empregar”, bandeira que carrega desde os tempos em que foi prefeito de Acrelândia. Cada um tem sua história, sua base e seus padrinhos políticos, mas todos disputam essencialmente o mesmo espaço eleitoral: o conservador, que historicamente representa cerca de 30% a 35% do Acre.

 

Do outro lado, a esquerda mantém sua fatia também na casa dos 30% a 35%, embora em posição menos favorável do que em décadas passadas. Esse equilíbrio coloca no centro do jogo uma parcela decisiva do eleitorado: algo entre 25% e 30% dos acreanos que não se dizem nem de direita nem de esquerda, mas que a cada eleição acabam escolhendo quem governará o estado. É esse eleitor pragmático, menos ideológico e mais interessado em resultados concretos em áreas como emprego, saúde, educação, segurança e infraestrutura, que determinará o desfecho de 2026.

 

Mailza, Alan Rick e Bocalom precisarão provar que têm mais do que bases partidárias e discursos tradicionais para além de seus nichos fiéis. Quem não conseguir dialogar com o eleitor pragmático ficará restrito ao seu gueto político. Já Thor, se quiser ir além do teto histórico da esquerda, terá de mostrar que é capaz de oferecer não apenas novidade, mas também competência técnica e propostas realistas para governar.

 

No fim das contas, a eleição não será decidida apenas pelo peso da máquina, pela visibilidade no Senado ou pela experiência acumulada na prefeitura. O fator determinante será a narrativa capaz de convencer os acreanos que não se sentem representados nem por um lado nem pelo outro. E quem conquistar essa confiança terá a chave do Palácio Rio Branco em 2026.

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