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De vice de Bocalom, a adversário político e responsável por “expulsão” do prefeito de partido

Alysson Bestene não é um dos nomes mais conhecidos da política acreana. Apesar de já ter sido testado nas urnas, foi vereador de Rio Branco, passou a maior parte da sua trajetória política nos bastidores.

 

De família tradicional no Acre e na política, os Bestenes, é amigo do governador Gladson Cameli de longa data, e vê seu nome, finalmente, ser alçado ao centro do debate político.

 

Atualmente ocupando o cargo de secretário de Governo de Gladson, responsável pela articulação política, já ocupou também a pasta da Saúde, e no auge da pandemia do novo coronavírus. É homem de confiança do governador desde a época que Gladson foi deputado federal pela primeira vez, em 2007.

 

Vereança

 

Há quem não lembre, mas Alysson Bestene já foi testado nas urnas: se elegeu vereador de Rio Branco. Tentou pela primeira vez em 2004, mas não entrou. Quando tentou a vaga de vereador pela segunda vez, em 2008, entrou na Câmara Municipal e ficou lá por apenas um mandato.

 

Foi o 9º mais votado, com 2.465 votos. Uma enxurrada de votos pra época.

 

Vice

 

A curta carreira como detentor de mandato de Alysson se deu porque em 2012, ano que ele poderia tentar a reeleição, foi escolhido como vice-prefeito na chapa de Tião Bocalom! Isso mesmo.

 

Ele pelo PP, partido ao qual sempre militou, e Bocalom pelo PSDB. Perdeu por pouco. Marcus Alexandre, do PT, foi eleito prefeito com 50,77% dos votos válidos, enquanto sua chapa teve 49,23% dos votos no segundo turno.

 

Em 2016, uma nova tentativa de chegar à vice-prefeitura, dessa vez na chapa de Eliane Sinhasique, que na época estava no MDB. Alysson foi indicado novamente pelo PP. Nova derrota, e novamente pra Marcus Alexandre, dessa vez no primeiro turno. Foram 54,87% de votos para a chapa do petista, que tinha Socorro Neri como vice, e 32,02% para a chapa Sinhasique/Bestene.

 

Futuros entrelaçados

 

O curioso é que todos os personagens do tópico acima estão envolvidos, de alguma forma, na eleição do ano que vem. Bocalom é o atual prefeito da capital, derrotou Socorro Neri em 2022.

 

Pouco tempo depois, Socorro, derrotada por Bocalom, migrou para o partido do prefeito: saiu do PSB e foi para o PP. Viraram correligionários. E mais, ela se tornou presidente municipal da sigla. Resultado: Alysson, que já foi adversário de Socorro na eleição de 2016 – quando os dois foram candidatos a vice – foi alçado ao posto de pré-candidato oficial do Progressistas, com o apoio irrestrito de Neri.

 

Marcus, que já teve Socorro como vice, hoje está no MDB, que já foi o partido de Sinhasique, que tinha Bestene como vice. Sinhasique vai apoiar Marcus, e Socorro vai apoiar Bestene. Um nó.

 

E tem mais, uma ala do PT, ex-partido de Marcus, quer Bestene na vice de Marcus.

 

“Expulsão”

 

Além de toda essa confusão entre passado e futuro, há outro fato importante rege essa história. Bocalom, prefeito e candidato natural de qualquer partido para a reeleição, foi convidado a se retirar do Progressistas. Isso porque o velho Boca não abre mão de ser candidato a reeleição, e o PP não abre mão de ter Bestene como candidato a prefeito. Sonhos incompatíveis.

 

Não chegou a ser uma “expulsão” formal, mas está mais do que claro, que por causa de Alysson, Bocalom não tem mais espaço no PP.

 

E ainda restam 11 meses para as eleições. Muita água há de rolar neste rio chamado eleições.

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