A Polícia Federal iniciou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para apurar declarações do parlamentar contra o delegado da instituição, Fábio Shor. Eduardo é escrivão da PF licenciado e está sendo investigado em relação à sua conduta como servidor público. Nesse caso, o objeto do PAD é a fala contra o colega de corporação, que foi feita na tribuna da Câmara dos Deputados.
“Prefiro perder minha aposentadoria da Polícia Federal, meu porte de arma e carteira funcional do que ser obrigado a chamar de ‘democracia’ um país em que um deputado federal não pode criticar um delegado federal que está prendendo velhinhas e mães de família como se fossem terroristas”, afirmou o parlamentar em uma postagem no Instagram após ser notificado sobre o processo.
Serviço qualificado ?
As declarações do parlamentar, que motivaram a investigação da PF, foram detalhadas por ele mesmo em publicação que informou sobre o processo.
“Porque eu falei que ele [Fabio Shor] era um cachorrinho e depois falei que o cachorrinho era uma má comparação com os cachorros, né? Cachorrinho do Alexandre de Moraes. Aí eu qualifiquei um pouco melhor para ‘putin***’, mas acho que o serviço fornecido por prostitutas é mais qualificado, de mais alto nível do que essa porcaria que vocês fazem”, declarou.
O caso Van Hattem
No mês de outubro do ano passado, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) também passou a ser alvo de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) após qualificar o mesmo delegado como “bandido”. Essa investigação foi instaurada a partir de um discurso de Van Hattem na Câmara, onde criticou a atuação de Shor, acusando-o de agir ilegalmente para manter preso Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro.
Nesta terça-feira, 11, o assunto voltou à pauta das tratativas de Van Hattem com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Eu trouxe os dois casos. Comecei dizendo que, para mim, a OEA é parte do problema. Os meus dois casos já estão diante da OEA e não me deram cautelar. Pedi medidas cautelares no caso da censura do X e o caso da perseguição judicial e policial que estou sofrendo”, disse o parlamentar a este site.
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