Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

PUBLICIDADE

Alan Rick defende Israel em ataques iranianos e pede reação internacional

Foto: Assessoria

O senador Alan Rick (União) se manifestou contra os ataques do Irã a Israel em publicação no Instagram neste sábado (14), classificando as ações como “ataques brutais de grupos terroristas”. Na postagem, o senador colocou imagem da bandeira israelense e afirmou que mísseis iranianos “não distinguem civis de soldados” e causam “dor, medo e destruição” em bairros residenciais. Rick, que integra a bancada Brasil-Israel no Senado e já propôs reconhecer o Hamas como grupo terrorista e defendeu o “direito de Israel existir e proteger suas fronteiras”.

 

A postagem ocorre após a escalada militar iniciada por Israel em 12 de junho, quando forças israelenses bombardearam instalações nucleares e militares iranianas, matando 78 pessoas, incluindo o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e cientistas nucleares. O ataque foi justificado por Tel Aviv como ação preventiva contra uma “ameaça existencial” nuclear, alegação rejeitada pelo Irã, que respondeu com mísseis contra Tel Aviv. A comunidade internacional, entretanto, tem criticado ambos os lados: o Brasil classificou a ofensiva israelense como “violação da soberania” iraniana, enquanto a ONU alertou para riscos de guerra global.

 

Embora Rick afirme que a paz no Oriente Médio exige “responsabilização de regimes que ameaçam a estabilidade”, sua defesa incondicional de Israel omite críticas amplamente disseminadas sobre a política israelense na Palestina. Organizações humanitárias e a Liga Árabe destacam que os ataques recentes ocorrem em meio a um conflito assimétrico: desde outubro de 2023, mais de 41 mil palestinos morreram em Gaza sob ofensiva israelense, e a própria postura do governo Netanyahu foi apontada por analistas como fator de escalada. Para o senador, no entanto, hesitar diante do Irã “autoriza o próximo ataque”, posição que ignora apelos por mediação, como os da União Europeia e China.

 

A retórica de Rick reflete seu histórico alinhamento a Israel, em 2023 ele pediu envio de tropas brasileiras para apoiar Tel Aviv e criticou o governo Lula (PT) por não classificar o Hamas como terrorista. Postura que contrasta com a diplomacia brasileira, que defende soluções multilaterais e condena violações por ambos os lados, além de seguir a ONU ao não tipificar o Hamas como organização terrorista. Com a crise em curso, o discurso do senador acreano reforça polarizações em um cenário onde civis, israelenses, iranianos e palestinos, pagam o preço mais alto neste conflito.

COMENTE ABAIXO:

You must be logged in to post a comment Login

PUBLICIDADE